Com rasgão de meia légua
Estás em fase de trégua
Do desuso, já gosmenta
Chocha, feia e pelanquenta
Mas serves para mijar
Ou quando muito te olhar
De longé, oh! fedorenta.
Quem te viu toda dengosa
Molhadinha após a Liça
Bebendo um caldo de piça
Ao cessar o vai-e-vem
Por certo que hoje tem
Lembranças desse evento
Pois na cama ou ao relento
Tu fodias muito bem
Eras uma cancela aberta
Sempre esperando uma chonga
Fina, grossa, curta ou longa
De qualquer jeito servia
O tempo em nada influia
Pois até quando sangrando
Sempre estavas planejando
Dar várias fodas por dia.
Tabaca, velha tabaca
Que agora está toda torta
Cheia de teias na porta
Enrugada e com desgaste
Estás virada num traste
Que agora ninguém mais monta
Mas sei que perdeste a conta
Dos caralhos que abrigaste.
Tabaca o peso dos anos
Traduzen-se nessa racha
Nessa tua aparência Laxa
Em não prestares pra nada
Em tua dona hoje pelada
Não despertar mais anseios
Em já nem teres "penteios"
Protegendo tua entrada.
Hoje murcha e abandonada
Estás de beiços caidos
Recordando os tempos idos
Tuas trepadas, tua raça
Consolando-se com a graça
De ver tua missão cumprida
Pois tu já fostes fudida
Por todos os machos da praça.
Sei oh! velha buceta
Que estás chegando ao fim
Mas eu quero mesmo assim
Perpetuar o que assisti
Registrando agora e aqui
O meu respeito profundo
Pois não há macho no mundo
Que possa viver sem ti!
(não vou dizer que uma bibliotecaria que me mostrou essa poesia ta? AHUAuhAUHAhu)
Nenhum comentário:
Postar um comentário